A taxa de internamento das UTIs do SUS exclusivas para Covid-19 em Curitiba era de 81% neste domingo (29). Contando a RMC e o Litoral, a ocupação estava em 82,9%. A situação, que vem em tendência de alta nas últimas semanas, tem obrigado as autoridades a abrirem novos leitos de tratamento intensivo. A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba ativaria no sábado (27) mais 28 leitos exclusivos para Covid-19 — 13 clínicos e 15 de UTI, no Hospital de Clínicas. Com isso, a cidade contará com 238 leitos de UTI e 297 leitos clínicos.

No fim de semana, alguns dos principais hospitais da Capital atingiram 100% de ocupação de leitos exclusivos para Covid-19 pelo SUS. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, no sábado (27) o Hospital da Cruz Vermelha, o Hospital Erasto Gaertner e a Santa Casa já não possuíam mais vagas para pacientes adultos com Covid-19 em UTI. Neste domingo (28), o Hospital Evangélico lotou os leitos de UTI. No Hospital do Trabalhador e no Hospital de Reabilitação, a ocupação das UTIs estava acima de 90%.

Tanto na Capital quanto no Estado, novos leitos de UTI para o coronavírus estão sendo ativados conforme a necessidade. Em Curitiba, até julho estão previstas mais 114 UTIs e outros 133 leitos clínicos, totalizando 782 leitos (UTI e enfermaria) do SUS curitibano exclusivos para Covid-19. A saúde lembra que todos os casos de de síndromes respiratórias agudas graves vão para leitos exclusivos Covid-19, mesmo sem confirmação da doença.

Oswaldo Cruz
O Hospital de Infectologia e Retaguarda Clínica Oswaldo Cruz abriu uma ala exclusiva de enfermaria para atendimentos relacionados à Covid-19 na semana passada. Ao todo, 35 leitos clínicos estão à disposição dos infectados. Além de dois leitos de estabilização para casos mais graves. O Oswaldo Cruz é a quinta unidade hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde incorporada ao Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT). Na semana passada, mais 14 leitos foram ativados no no Hospital de Reabilitação em Curitiba, e mais 14 devem ser ativados nos próximos dias na Capital.

Presidente da Assomec fala deve haver ‘lockdown’ se números não caírem
O risco de um “lockdown”, o fecha tudo, não é impossível na Grande Curitiba. Municípios da Região Metropolitana podem tomar esta medida caso os números da Covid-19 não recuem até o fim desta semana, que marca também o fim de 14 dias com restrições mais duras para evitar a disseminação da doença.

Essas ações foram recomendadas pela Associação de Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec).
O alerta foi do presidente da Assomec, Márcio Wozniak, prefeito de Fazenda Rio Grande, em entrevista ao jornal Boa Noite Paraná de sábado.

No programa ele disse que se os números da doença se mantiverem altos, medidas mais duras devem ser tomadas, o que pode chegar a um lockdown.
Os municípios da RMC adotaram restrições mais severas, como o fechamento de todas as atividades não essenciais aos finais de semana, para tentar evitar que o “fecha tudo” tenha que ser tomado para os demais dias da semana.

 

Informações BEM PARANÁ