O clevelandense de 45 anos procurou uma Unidade de Pronto Atendimento na cidade de Pato Branco na manhã do último dia 26, lá foram retirados do seu rosto os mais de 20 bernes que estavam com livre acesso, devido ao inchaço e as dores que o paciente sentia e para ter certeza de que não haviam mais larvas, ele foi encaminhado na tarde do mesmo dia para exames de imagem na Policlínica Pato Branco, e após a equipe médica constatar a presença de mais larvas foi internado para intervenção médica.

A filha do clevelandense divulgou um vídeo indignada com a demora no diagnóstico. Até a manhã desta quarta-feira e após uma intervenção cirúrgica, mais de 300 bernes já haviam sido removidos.

A filha do paciente contou para a nossa reportagem, que o homem relatou para a família que na segunda-feira, 22, uma mosca havia entrado em seu nariz, mas que rapidamente retirou e matou, já no dia seguinte ele começou a sentir dores e irritação na face, procurou atendimento médico mas não teve diagnóstico, as dores persistiram e além do inchaço no rosto o nariz começou a sangrar, o homem então procurou socorro por mais duas vezes e recebeu o diagnóstico de infecção na garganta, mesmo em tratamento na sexta-feira, 26, não suportou as dores e sob orientação da filha foi até Pato Branco e recebeu o atendimento na UPA.

Na terça-feira, 30, ainda internado o paciente precisou passar por uma cirurgia pois as larvas já se encontravam por todo rosto, bochechas, área do olhos, interior do nariz e região da testa foram os locais mais afetadas, após a intervenção cirúrgica o número de bernes retirados passou dos 300.

O paciente se recupera bem após a cirurgia, e continua expelindo larvas pela boca, o que segundo os médicos que o atendem é normal em situações como esta, ele deverá realizar um novo exame de imagem na quinta-feira, 01, e caso tenham restado parasitas no seu rosto deverá passar por outra cirurgia.

O berne é a larva da mosca científicamente conhecida como Dermatobia Hominis, os ovos desta mosca podem ser carregado por moscas domésticas, ou ficarem em peças de roupas e objetos até ter contato com a pele humana ou animal onde se alojam e passam para o estado larval.

O médico que acompanha o quadro clínico do clevelandense relatou que situações como a dele tem acontecido mas que quanto mais rápido o diagnóstico e a remoção menor é o risco para a saúde.

No período climático em que estamos entrando o berne é pouco comum, mas em tempos de calor não é raro principalmente em áreas de interior. Os principais sintomas quando o parasita se aloja em humanos são a coceira, vermelhidão, inchaço, dor constante ou em forma de “fisgadas”, secreção amarelada ou com resquícios de sangue e sensação de movimentos na ferida. Ao contrair o parasita a primeira indicação é retirá-lo vivo e sempre que possível íntegro, evitando assim uma infecção local.

 

(Por: Aline Meyer – Fonte: Clevelândia online)

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