Diagnosticada em 2020 com um distúrbio raro chamado KLS (Síndrome de Kleine-Levin), uma jovem de 19 anos dorme durante 20 horas seguidas. Também conhecido como “Síndrome da Bela Adormecida”, ela demorou anos para conseguir solucionar suas dúvidas sobre as razões de tanto sono.

Os familiares de Erin Bousquet, que moram em Nebrasca (EUA), passaram três anos assistindo à jovem ter episódios de sono profundo, mudanças bruscas de comportamento e desejo por alimentos específicos, até chegarem a um diagnóstico do problema.

Segundo o Washington Post, o primeiro episódio em que a jovem dormiu 20 horas foi quando ela tinha 14 anos, em 2017. À época, Erin estava tomando remédios para tratar de uma infecção, e, três dias depois, a mãe começou a notar mudanças preocupantes na filha.

Conforme disse Kristen Bousquet, a garota parecia “letárgica e fora de si”. Erin passou a ficar irritada, as pupilas ficaram muito dilatadas e muito do que ela dizia não fazia sentido. Nesse episódio, a jovem dormiu por 20 horas seguidas.

‘Pensamos que ela estava brincando’

“Foi muito assustador. No começo, pensamos que ela estava brincando”, relembrou a mãe. O mesmo episódio aconteceu mais 11 vezes, cada um com duração média de 10 dias. Entre as ocorrências da síndrome, Erin se comporta normalmente.

Durante dois anos e meio, a jovem e seus pais consultaram neurologistas pediátricos, um neurocirurgião, um ginecologista-obstetra e outros especialistas, em busca de identificar o problema que Erin estava sofrendo.

Por conta dos sintomas – desorientação e sono prolongado -, a jovem chegou a passar por tratamento de Streptococcus, teste para mononucleose infecciosa, teste de drogas, internação, suspeita de encefalite autoimune. Um neurocirurgião chegou a descobrir uma malformação de Chiari em Erin.

Jovem não consegue fazer atividades simples

No entanto, nenhuma dessas doenças estava relacionada ao comportamento estranho que a jovem apresentava.

“Ela não conseguia seguir as instruções mais simples. Dizia a ela para tomar banho e, quando eu entrava no banheiro, a encontrava deitada no chão com os pés apoiados no vaso sanitário”, conta a mãe.

De acordo com Kristen, a jovem “dizia ao pessoal do hospital para sair do quarto”. Dor de cabeça, euforia, falatório incomum e algumas noites de insônia marcaram o final de uma crise.

Fonte: bhaz.com.br

Foto: Reprodução Redes Sociais 

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