Em 2022, durante a campanha eleitoral para a Presidência da República, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, à época candidato à reeleição, alegou ter sido prejudicado por conta de inserções de rádio que não foram veiculadas em algumas regiões, principalmente em emissoras do Norte e do Nordeste.

No período, a empresa contratada para o serviço foi a Audiency Brasil, startup de Santa Catarina criada e projetada para atender demandas de checking de campanhas publicitárias veiculadas em emissoras de rádio. Os requisitos para a contratação foram: checagem retroativa (geração de relatórios de veiculações já ocorridas, inclusive do primeiro turno); captura de veiculações em tempo real; e geração de relatórios por emissora, por spot, por data e por horário (detalhando hora, minuto e segundo) com total segurança e à prova de edição ou adulteração.

Mas como essa checagem é realizada? 

“Primeiro, nós fazemos a captura do áudio das emissoras monitoradas” diz Anacleto Ortigara, CEO da Audiency. “Depois, coletamos e constituímos um banco de dados em nosso sistema, que então faz a leitura desses dados, identificando tudo o que ocorre dentro dessas capturas. Com essa identificação, damos origem aos relatórios extraídos da nossa plataforma. Por espelhamento, aquilo que está em nossos registros – os áudios das emissoras – é comparado com as campanhas em processo de checagem. Essa sequência de ações é o checking de mídia”, explica Ortigara.

Case presidencial

Segundo a empresa, este controle de programação é feito e pode ser averiguado em tempo real por usuários de sua plataforma, que não são apenas figuras ou partidos políticos, mas também por anunciantes publicitários, agências de publicidade, até mesmo as próprias emissoras de rádio que passam a utilizar o sistema para receber os áudios e textos que serão veiculados. Além desses segmentos, também os artistas e escritórios de artistas utilizam a plataforma para monitoramento das execuções musicais e acompanhamento estratégico da evolução das músicas mais tocadas no rádio. No entanto, o trabalho para o candidato presidencial em 2022 foi o que ganhou verdadeiramente a maior projeção nacional.

“Foi a primeira vez na história das eleições presidenciais. E para nós, foi uma experiência fantástica, exitosa. Em primeiro plano, porque ficou em destaque o grande valor da rádio, um veículo extremamente valioso, ouvido por milhões e milhões de pessoas”, conta o CEO.

Para Ortigara, é preciso modernizar o sistema de distribuição em benefício dos candidatos e também das próprias emissoras.“O que faltou para a campanha que nós fizemos foi disponibilizar também as emissoras que estão cadastradas, habilitadas para veicular as campanhas eleitorais. Não havia disponibilidade de lista, número e nome das emissoras que eram permitidas a fazer a veiculação. Então, algumas questões de natureza operacional podem merecer melhorias.”

De acordo com o executivo, “é inegável que esse fato gerou uma experiência sem precedentes na história política do Brasil”. Ele prossegue a argumentação ressaltando que “o rádio leva a mensagem dos candidatos aos lugares mais remotos, sem discriminação e sem distinção de classes sociais”, mas que, até mesmo por questões de logística da distribuição dos áudios, da inserção na grade de programação das emissoras e a efetiva execução das campanhas, é fundamental que cada campanha tenha um sistema ou plataforma de checagem para que tudo ocorra conforme o que foi programado. 

“Sem esse controle sempre restará alguma dúvida”, diz. “Por outro lado, dessa forma cumpre-se a lei, resgata-se o valor do rádio e cada cidadão fará suas escolhas pelas informações que recebe em condições justas e bem distribuídas. É o que se diz no meio radiofônico: “nas ondas do rádio, estão conteúdos valiosos”.

A Audiency oferece checagem de mídia a anunciantes do varejo nacional, redes de farmácias, de supermercados, varejistas locais, cooperativas de crédito nacional, fintechs e órgãos públicos, bem como a músicos e compositores de vários gêneros musicais, explica  Ortigara, ressaltando que a entrega da empresa contribui com o investimento feito em campanhas publicitárias no rádio. 

Ele pontua, ainda que, por meio da plataforma da empresa, é possível fazer desde a seleção das rádios em qualquer região do Brasil até a homologação dessas emissoras, possibilitando que todo o material seja entregue para elas já customizado para que cada operador de mídia possa fazer a leitura e inseri-lo na grade de programação. 

“Investir em gestão e controle tem retorno garantido. Afinal, o que não é medido, não é gerenciado”, completa Ortigara.

Para saber mais, basta acessar: https://blog.audiency.io/gestao-de-campanhas-no-radio/

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