Foto: Divulgação Clevelândia Online

Na sessão da Câmara de Vereadores de hoje, 11 de março, a vereadora Edivene Lúcia Ferri, do MDB, utilizou a tribuna para relatar ameaças recebidas do Secretário de Saúde Municipal, Rafael Barboza.

Segundo o que o Clevelândia Online apurou, as ameaças ocorreram por meio de mensagens ofensivas no WhatsApp, após a vereadora fazer apontamentos sobre o sistema de saúde municipal em outra sessão.

A vereadora expressou sua tristeza e constrangimento, destacando que o episódio ocorreu no Dia Internacional da Mulher, data que deveria ser comemorada. Lucia lamentou a situação, ressaltando a importância da igualdade e repudiando a violência contra as mulheres.

No pronunciamento, a vereadora contextualizou o Dia Internacional da Mulher, mencionou as estatísticas de feminicídios no Brasil e enfatizou a necessidade de ampliar as medidas protetivas às mulheres. Ela destacou o aniversário da data, reforçando que, após 113 anos, como representante eleita democraticamente, não se curvaria a ameaças.

Lúcia ressaltou a vergonha de ver um servidor público, ocupante do cargo de Secretário Municipal de Saúde, praticar crimes como ameaça, injúria e calúnia contra uma mulher, em uma cidade governada por uma mulher. Ela enfatizou que a misoginia deve ser combatida por todos, independentemente de ideologia.

A vereadora concluiu sua fala com uma mensagem de esperança, destacando a luta diária das mulheres por igualdade e encorajando a persistência.

Durante a sessão, os vereadores Pedro Kleininbing e Jorge Stedille manifestaram apoio à vereadora, repudiando as ações do Secretário de Saúde. O vereador Jorge citou ainda quais foram as ofensas e ameaças que a vereadora Lúcia sofreu, relatando que ela foi chamada de “ingrata, aproveitadora, amarga, alienada, sem escrúpulos, feia, ingênua, sem credibilidade, sem confiança, ridícula e gentinha” além de citar as ameaças “não cruze meu caminho, você não sabe com quem está se metendo, cuida o que fala e faz comigo, comigo as coisas são diferentes, não queira cruzar meu caminho”.

Mostrando o boletim de ocorrência registrado pela vereadora, Jorge solicitou que entrasse em votação o requerimento para que o executivo exonere o Secretário que ocupa cargo de confiança, o requerimento foi aprovado recebendo votos contrários apenas dos vereadores Preto, Ratinho, Rádio e Déia. O voto da vereadora Déia contrário ao requerimento chamou atenção pelo fato de ela também ser mulher e ter entrado com projeto de lei para a criação da procuradoria em defesa das mulheres na Câmara de Vereadores de Clevelândia ainda no ano de 2021.

O caso que já foi registrado na Polícia Civil será investigado, enquanto a vereadora busca medidas administrativas e civis para proteger sua integridade e denunciar os atos sofridos.

 

Fonte: Clevelândia Online

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