De acordo com o MP, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços relacionados ao investigado. A operação foi nomeada de “Creonte”, em alusão ao rei da mitologia grega que ficou conhecido por atos de traição.
A investigação apura o possível vazamento de informações sigilosas de um processo de estupro de vulnerável e tiveram início a partir de uma denúncia do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), diz o MP.
“De acordo com as investigações, em julho deste ano, o então estagiário, ainda no exercício das funções, teria acessado informações do processo – entre elas, a expedição de mandados de prisão – e alertado um investigado sobre a decretação de sua prisão, o que inviabilizou sua captura pela Polícia Civil. Desse modo, o alvo permaneceu foragido por uma semana”, afirma o promotor Antônio Juliano Souza Albanês.
Segundo ele, agora o órgão apura se ele usou a função pública para beneficiar, também, outros criminosos.
“Além do vazamento do mandado de prisão, foram obtidos indícios de que o então estagiário teria ligação com um membro de facção criminosa e com escritórios de advocacia”, ressalta o promotor.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca e o nome do suspeito não foi revelado. O g1 tenta identificar a defesa dele.
Gaeco
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) é composto por membros e servidores do Ministério Público e por policiais civis e militares que atuam sob a coordenação do MP.
“As principais atribuições da unidade são a atuação em investigações sobre o crime organizado e de desvios de recursos públicos, além da fiscalização da atividade policial”, explica o MP.
Atualmente, no Paraná, o Gaeco está estruturado em nove núcleos regionais, distribuídos nas cidades de Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa.
Fonte: G1 Paraná