A Tramontina passou de uma pequena ferraria a uma multinacional presente em mais de 120 países. Porém, nos anos 1930, a empresa esteve à beira da falência, e se não fosse a determinação de uma mulher, sua história de sucesso teria tomado outro rumo.

Fundada em 1911 por Valentin Tramontina e sua esposa Elisa, a empresa começou fabricando ferraduras e prestando serviços de reparos para outras indústrias. Em 1925, Valentin iniciou a produção artesanal de canivetes com cabo de osso, marcando o início da atividade de cutelaria da Tramontina. Ele comandou a empresa até 1939, ano de sua morte.

Após o falecimento de Valentin, foi sua esposa Elisa quem assumiu a gestão, indo pessoalmente aos mercados regionais e a Porto Alegre, capital gaúcha, para vender os produtos da fábrica.

Em 1949, sob a liderança de Ivo Tramontina, filho de Valentin, e de Ruy J. Scomazzon, que se juntaram à sociedade, os negócios começaram a crescer. Investimentos em novas tecnologias e o início do processo de laminação do aço impulsionaram a expansão da empresa. Em 1961, a Tramontina se tornou uma sociedade anônima, no mesmo ano em que Elisa Tramontina faleceu.

Nas décadas seguintes, novas fábricas foram inauguradas e uma vasta gama de produtos foi adicionada à linha, que inicialmente incluía canivetes, facas, talheres e ferramentas. Hoje, o portfólio da Tramontina conta com mais de 22 mil itens.

Entre 1992 e 2021, Clovis Tramontina, filho de Ivo, foi presidente do Conselho de Administração. Em 2022, Eduardo Scomazzon, filho de Ruy, assumiu a presidência do Conselho.